segunda-feira, 21 de junho de 2010

Tenente Barclay: a piada dentro da piada...

Quem acompanhava a Next Generation ou a Voyager já estava acostumado com o atrapalhado Tenente Reginald Barclay, interpretado pelo ator Dwight Schultz, em aparições esporádicas nos dois seriados. O ator interpretou lá nos anos 80 o ”Louco Furioso” Murdock, no seriado “Esquadrão Classe A” (The A-Team), personagem imprevisível e que completava o tom de humor da série. Até aí, você já sabe de tudo isso, mas uma piada sutil no recente lançado “Esquadrão Classe A” para o cinema chamou a minha atenção e ligou uma coisa na outra...

Depois de Dwight Schultz ter aparecido sutilmente em uma cena com outro personagem do novo time, o Murdock desta nova equipe está (para variar) internado em um hospital psiquiátrico, prestes a ser libertado pelos colegas do esquadrão. O cara, ao perceber a iminência da oportunidade de fuga, incita os demais internados a assistir um filme, onde ao aparecer o nome dos atores ao som do tema do seriado, surge... Reginald Barclay! Sacou? Ligaram com o personagem lá de Star Trek, interpretado pelo ator que fazia o Murdock original, mas que na série interpretava o Tenente Barclay. Ainda não sacou? Leia tudo de novo!

Grande homenagem, piada bem escondida, e só um trekker e fã do Esquadrão que não tem absolutamente nada para fazer (tipo eu) para perceber uma maluquice destas. Do Esquadrão Classe A original o ator Dirk Benedict(o Cara-de-pau) também participava de outro clássico da ficção científica televisiva: Battlestar Galactica, no papel de Starbuck. E nesta nova versão Murdock é interpretado por Sharlto Copley, de “Distrito 9”. Estreitas relações entre o Esquadrão e a ficção científica...

Eu adoro quando um plano dá certo, ou melhor, vida longa e próspera!


quinta-feira, 17 de junho de 2010

A Bíblia em Klingon?

Enquanto lia o livro “Blog – Entenda a revolução que vai mudar seu mundo”, deparei-me com o seguinte trecho: “... a Bíblia foi traduzida para pelo menos 2.197 idiomas (e como prova de que mesmo em nossa cultura acelerada ainda há pessoas com tempo demais disponível, a Bíblia está atualmente sendo traduzida para o idioma Klingon).”. Resistir é inútil, como diriam os Borgs, então eu não resistir e entrei no Google para averiguar se era mesmo verdade. E era, ou melhor, é.

O site A Klingon Word from the Word traz uma versão, não necessariamente traduzida da Bíblia, mas adaptada da versão em inglês da palavra de Deus. Contudo, o The Klingon Language Institute está “trabalhando” em uma tradução séria.

E este trekker que vos fala vai parar aqui. Fica a seu critério fuçar estes e outros sites sobre o assunto se interessar. Eu realmente não sou um católico fervoroso, mas mesmo assim não vejo muita utilidade em se traduzir a Bíblia para o idioma Klingon. Nada contra os Klingons ou a Bíblia, só não entendi o sentido até agora..

sábado, 24 de abril de 2010

Relics: o melhor encontro das duas gerações Enterprise

"Crossover” é o termo que os estúdios de TV empregam quando personagens de um seriado visitam outra série, para delírio do fãs de ambas produções. Mas quando se trata de uma geração de Star Trek visitando outra, mais legal ainda o crossover. Vejamos: o Dr. McCoy ajudou a dar o pontapé inicial na Enterprise de Picard no primeiro episódio, Spock aparece em “Unification” e Kirk no filme “Generations”, o sétimo da série para o cinema. Porém, o mais marcante de todos, na minha opinião, foi a aparição do Sr. Scotty na Next Generation em “Relics”, um dos episódios mais divertidos e memoráveis da sexta temporada.

Tudo começa quando a Enterpise-D vai atrás de um sinal de socorro e descobre a USS Jenolen, uma nave pequena que parece ter feito um pouso forçado sobre uma esfera Dyson, uma superestrutura artificial capaz de manter um sistema solar inteiro na parte de dentro. O grupo liderado por Riker descobre “gravado” no teletransporte um padrão recuperável e consegue recriar o Capitão Montgomery Scotty, que logo se vê totalmente deslocado após ter passado 75 anos travado no transporte. Esta foi uma forma inteligente, como sempre, de preservar sua vida à espera de um resgate.

Até a metade do episódio parece que o pobre velhinho não está agradando a tripulação da nova Enterprise, mas Picard logo percebe e dá uma mão para fazê-lo sentir-se útil a bordo da nave, como sempre, salvando-a da destruição, é claro. O encontro com Data é rápido e direto, quando este explica que o álcool do whisky é artificial e que o comandante é um andróide. “Whisky sintético, comandantes sintéticos...”, diz ele.

A cena em que Scotty para no holodeck e é interpelado pela voz do computador (a saudosa Majel Barret Rodenberry) é indescritível. “Computador, dê-me a ponte da Enterprise”, diz o velho engenheiro-chefe. “Há cinco naves com esta classificação, por favor especifique...”, “N-C-C-1-7-0-1... nenhum maldito A, B, C ou D”. As portas do holodeck se abrem e o coração dos fãs aperta: lá está a ponte da velha Enterprise de Kirk, aquela da TV, com todos os beeps, luzes e cores berrantes. Scotty é visitado por Picard e a sequência não tem igual na série.

Na série clássica, talvez um dos momento mais marcantes da importância de Scotty tenha sido no episódio “The Doomsday Machine”. Kirk está na ponte da USS Constellation vendo a Enterprise quase ser engolida pelo devorador de planetas quando diz “Droga, eu queria ter phasers aqui!”, “Phasers?”, responde Scotty, “eu recarreguei um banco quando chegamos” e Kirk responde “Sr. Scotty, já fez valer seu salário!”. Talvez a palavra “proativo” não existisse ainda nos anos 60, mas este era um personagem que vestia o conceito a cada episódio.

James Montgomery Doohan (é, ele levou o nome para o personagem) partiu em 2005, aos 85 anos. Deixou para os trekkers a interpretação do engenheiro-chefe que tantas vezes salvou a Enterprise com soluções mirabolantes e inusitadas.

Pois bem, de onde quer esteja, talvez um dia, quando chegar a nossa hora, ainda dê tempo de dizer “Sr. Scotty, um para subir”.

quinta-feira, 25 de março de 2010

"Losing the Peace": mais atual, impossível

“Em algum lugar, lá na frente, há pessoas em perigo, precisando de ajuda. Picard se permitiu um pequeno sorriso... a Enterprise estava a caminho”.

Na verdade, neste livro há um monte de gente precisando de ajuda. Mais ou menos, alguns bilhões. Seguindo a linha do universo Star Wars, onde após o último filme os personagens passaram a fazer parte dos livros oficiais da série, “Losing the Peace” (algo como “Perdendo a Paz”) serve para suprir a sede de novas aventuras com a tripulação de Picard, que foi vista pela última vez no filme “Nemesis” para cinema.

Na série de livros imediatamente anteriores a este, a chamada série Destiny, os Borgs voltaram e resolveram fazer uma verdadeira liquidação na galáxia,deixando a Federação de Planetas Unidos em frangalhos. Planetas como Vulcan, Risa e outros viraram pó na mão dos malvados seres cibernéticos, espalhando sobreviventes órfãos destes mundos pela galáxia. Neste contexto, a Enterprise, que mais uma vez sobrevive ao massacre, recebe a missão de ajudar a manter a Federação unida.

Riker e Troy estão casados e a bordo da Titan e não participam da estória. Data (ou aquele tal de B-4), nem pensar. Worf agora é o “Número 1” e a Dra. Crusher espera um filho... do Capitão Picard, seu marido. Pois é, muito aconteceu, mas o livro é centrado na crise toda gerada pela destruição, lembrando em muito o quanto o trabalho de auxílio e recolocação é difícil em uma hora destas, como aconteceu recentemente em países como Chile e Haiti, que sofreram catástrofes naturais. O mínimo que se pode esperar de quem ajuda nestes momentos, é poder ser chamado de “herói” e ninguém melhor que a nova tripulação da Enterprise para assumir este papel.

Uma estória um pouco mais lenta que o normal, mas que serve para dar continuidade a tudo aquilo que os personagens passaram ao longo da série.

Pena que, como sempre, só em inglês.

Star Trek – The Next Generation
Losing The Peace
William Leisner
Pocket Books
Preço médio: R$ 25,00

domingo, 21 de fevereiro de 2010

MSN realmente causa distração...

Se o seu chefe não gosta que você use o MSN durante o expediente, o que diria o Capitão Picard se aquele pentelho do Wesley Crusher ficasse conectado em horas impróprias?

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

The Outcast

"Que tipo de mulher te atrai?" perguntou a andrógena no episódio "The Outcast" para o Garanhão das Galáxias, Will Riker. Bom, eu só penso em uma resposta: "qualquer uma que não esteja mais usando fraldas", mas é claro que ele foi mais categórico...

Besteirol à parte, este episódio é mais uma daqueles para pensar sobre o tema preconceito. Na série clássica, “Let That Be Your Last Battlefield”, falava de dois alienígenas que tentavam se matar, ambos possuíam a metade do rosto branca e a outra preta. A única diferença era a ordem em que estas cores apareciam, motivo de guerra e destruição total do planeta natal da espécie. Em plenos anos 60, uma alfinetada destas deve ter doído bastante no estômago de quem tinha preconceito contra os negros.

Em "The Outcast", a Enterprise está tentando auxiliar uma raça que não possui distinção de sexos a encontrar uma nave perdida em um fenômeno espacial. Porém, Riker irá descobrir que a raça não é tão uniforme assim, onde aberrações genéticas transformam logo cedo as crianças em machos e fêmeas. Estes, por serem diferentes dos demais, são tratados com arrogância e ridicularização, e naturalmente levados "à cura" por processos nada agradáveis. Inverta a situação e pense em um planeta do sistema solar onde dois sexos distintos abominam tudo o que é diferente de sua completa definição, e aí temos praticamente o mesmo tema.

A atriz Melinda Culea que interpreta Soren (que se apaixona por Riker e vice-versa) era do cast regular de “Esquadrão Classe A” (The A-Team). Outro do esquadrão, que aparecia de vez em quando na Next e na Voyager é Dwight Schultz, o atrapalhado tenente Barclay.

Sem phasers, torpedos, Klingons invocados ou qualquer outra parafernália, este episódio prende muito a atenção por tratar de um tema que atravessa séculos, e que na visão dos roteiristas, cruzaria a própria galáxia.

Veja o trailer:



segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Welcome aboard!

Qaplaa! (deve ser assim que se escreve em caracteres humanos ocidentais), significa “Sucesso” em Klingon.

Sucesso é o mínimo que se pode dizer de um seriado despretensioso que nasceu lá nos conturbados anos 60 do século XX, em meio ao racismo, guerra fria, assassinato de presidentes e governos totalitários. Eu não vivi naquela época, mas faria de tudo para encontrar um Guardião da Eternidade (episódio “A cidade à beira da eternidade”, Série Clássica), voltar e ver um pouco do que influenciou a cabeça de Gene Roddenberry para criar um universo tão rico e original. Ah, e eu tomaria cuidado para não alterar o futuro, é claro...

Este é mais um blog de Star Trek, não o primeiro e muito menos o último. Não tem pretensão de ser uma fonte inesgotável de assuntos e referências dos seriados da franquia, mas de compartilhar com os trekkers espalhados pelo universo algumas visões sobre os mais diversos assuntos da saga destes queridos personagens.

Quando me perguntam qual o motivo de gostar tanto de Star Trek, eu sempre respondo que não é pelas batalhas, efeitos ou até mesmo roteiros dos filmes e seriados. Star Trek é uma filosofia de vida, significa acreditar que em algum ponto da História, ainda por vir, o ser humano vai aprender a viver pacificamente consigo mesmo, erradicar a pobreza e as doenças e expandir sua mente para encontrar novos mundos, novas civilizações.

Lembrando: a marca Star Trek e tudo ligado a ela (nomes de personagens, naves, livros, etc.) é de propriedade da Paramount Pictures e de suas empresas licenciadas. Não tenho o objetivo de furtar este direito nos posts, apenas divulgar este maravilhoso universo que embala nossos sonhos e que muito já contribuiu para as invenções e descobertas do nosso tempo.

Vida Longa e Próspera a Star Trek!

E para todos nós, Qaplaa!